segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Metrô de Curitiba: uma novela que pode ter um final feliz

Quando a novela do metrô de Curitiba chegar ao fim, o maior beneficiado será o cidadão, que além de experimentar o impacto direto da obra na mobilidade urbana, também poderá usufruir da tecnologia que um projeto bem estruturado pode trazer à cidade.  O secretário municipal de Planejamento de Curitiba, Fábio Scatolin, afirmou em agosto que um novo edital para licitação do metrô da cidade deveria ser lançado em até três meses. O processo licitatório está parado desde agosto de 2014, quando o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) apontou irregularidades e suspendeu o certame.

Enquanto as coisas não voltam a andar, se espera que o projeto, com custo inicial previsto de R$ 4,7 bilhões, possa ser incrementado de modo a trazer outros benefícios aos curitibanos, além de levá-los de um ponto a outro da cidade com mais facilidade. Uma vez que boa parte do dinheiro da obra virá do governo do Paraná e da prefeitura de Curitiba – a outra parte dos recursos virá do governo federal e da iniciativa privada. A linha de 17,6 quilômetros, entre o Terminal do Cabral e a CIC Sul, deverá ter 15 estações, porém a expectativa de término da obra, após o início, é de cinco anos. Portanto, um pouco de pressa em por a mão na massa não faria mal, visto que os recursos federais já estão garantidos.
O metrô não trará benefícios apenas para quem utilizar o serviço de transporte, a obra é uma oportunidade única para que a cidade aproveite os novos dutos construídos para passagem de cabos óticos subterrâneos. Essa infraestrutura de cabos não traria vantagens apenas para as estações de metrô com conexão de wifi, catracas inteligentes e outras funcionalidade possíveis com a internet das coisas, mas as regiões próximas podem tornar-se mais dinâmicas com melhor gestão de tráfego através de semáforos inteligentes, maior controle da iluminação pública e do acesso às estações, câmeras de segurança, sensores de tráfego, maior acesso à internet banda-larga e quadriplay nas residências e empresas do perímetro. Outra vantagem seria a redução de cabos óticos passando nos postes, reduzindo a poluição visual e o risco de quedas de acesso causadas por acidentes envolvendo os cabos, tais como a queda de galhos, chuvas fortes e ventanias.
Apresentando maneiras eficientes de utilização de fibra óptica, como conexão de internet, dados de localização e coordenadas do GPS em tempo real, a companhia do metrô poderá fornecer o melhor serviço de informações aos cidadãos conectados, gerando um ganho de tempo real aos usuários na questão da mobilidade. É importante pensar também, que a obra terá a capacidade de dinamizar atividades logísticas dentro do município em setores variados, tendo reflexo imediato sobre a emissão de gases poluentes e até sobre a economia. Em suma, quando se chegar a uma andamento definitivo, todos se beneficiarão com o metrô, sejam ou não usuários de transporte público.


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