quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Crise econômica prejudica avanço de investimentos em fibra óptica

As redes de fibra óptica são elementos de infraestrutura. Esse tipo de investimento é sempre importante e gera bons resultados a médio e longo prazo, além da movimentação de recursos durante sua instalação.

O uso da banda larga para as comunicações e entretenimento, por exemplo, não é mais uma tendência, é realidade. No Brasil, a TV paga convencional já prevê crescimento zero em 2015 e um dos fatores é a concorrência com os serviços de streaming, que estão atrelados diretamente com a velocidade da banda larga.
Apesar de os assinantes de TV por assinatura convencional e usuários de chamadas de voz terem diminuído, os pacotes de dados têm cada vez mais demanda. As chamadas de voz deixarão de ser a principal fonte de lucro das operadoras ainda em 2015. Segundo estudo da consultoria Teleco, o tempo médio que o brasileiro passa falando ao celular, via operadora, diminuiu 15% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior. Segundo o diretor de Produtos de Mobilidade da Oi, Roberto Guenzgurger, a receita de internet móvel sustenta o crescimento do segmento de mobilidade em praticamente todo o setor de telecomunicações atualmente, em que se percebe uma importância cada vez maior do consumo de dados e SVAs (serviços de valor agregado), enquanto as receitas de voz local, longa distância e SMS se mantêm estáveis ou em queda.

É importante ressaltar que essa demanda por dados móveis não é bem atendida. O Brasil está atrasado em relação a países da América Latina no que tange ao 3G e 4G. Um país com a importância econômica que o Brasil tem não poderia ser tão defasado tecnologicamente e esse atraso se inicia na falta de infraestrutura. 
Gráfico via: Teleco 


Sabemos que a internet de boa qualidade é essencial ao desenvolvimento de grandes empresas e pode ser também muito útil para as pequenas e médias. Atualmente existem opções de sistemas empresariais baseados na nuvem, o que barateia o produto e permite que mais empresários tenham acesso e administrem seus negócios com mais eficiência.
Muitos empreendedores individuais podem divulgar seus produtos e comercializa-los online, não sendo necessário o desembolso de verbas (muitas vezes insuficientes) para visitas à possíveis clientes, amostras, loja física, etc.

Um ponto mais ligado ao desenvolvimento humano: muitos brasileiros sabem utilizar apenas redes sociais e visualizar páginas na internet. São poucos que dominam softwares de produtividade como o Microsoft Office, por exemplo, que é base para o trabalho em setores administrativos. Até mesmo o uso de e-mails com anexos se torna algo complicado para muitas pessoas. Essa desqualificação da mão de obra afeta a competitividade do país – somos lentos e desinformados se nos compararmos a outras economias do nosso porte. 

Fontes:
Gazeta do Povo

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