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Quando a novela do
metrô de Curitiba chegar ao fim, o maior beneficiado será o cidadão, que além
de experimentar o impacto direto da obra na mobilidade urbana, também poderá
usufruir da tecnologia que um projeto bem estruturado pode trazer à cidade.
O secretário municipal de Planejamento de Curitiba, Fábio Scatolin, afirmou em
agosto que um novo edital para licitação do metrô da cidade deveria ser lançado
em até três meses. O processo licitatório está parado desde agosto de 2014,
quando o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) apontou
irregularidades e suspendeu o certame.
Enquanto as coisas
não voltam a andar, se espera que o projeto, com custo inicial previsto de R$
4,7 bilhões, possa ser incrementado de modo a trazer outros benefícios aos curitibanos,
além de levá-los de um ponto a outro da cidade com mais facilidade. Uma vez que
boa parte do dinheiro da obra virá do governo do Paraná e da prefeitura de
Curitiba – a outra parte dos recursos virá do governo federal e da iniciativa
privada. A linha de 17,6 quilômetros, entre o Terminal do Cabral e a CIC Sul,
deverá ter 15 estações, porém a expectativa de término da obra, após o início,
é de cinco anos. Portanto, um pouco de pressa em por a mão na massa não faria
mal, visto que os recursos federais já estão garantidos.
O metrô não trará
benefícios apenas para quem utilizar o serviço de transporte, a obra é uma
oportunidade única para que a cidade aproveite os novos dutos construídos para
passagem de cabos óticos subterrâneos. Essa infraestrutura de cabos não traria
vantagens apenas para as estações de metrô com conexão de wifi, catracas
inteligentes e outras funcionalidade possíveis com a internet das coisas, mas
as regiões próximas podem tornar-se mais dinâmicas com melhor gestão de tráfego
através de semáforos inteligentes, maior controle da iluminação pública e do
acesso às estações, câmeras de segurança, sensores de tráfego, maior acesso à
internet banda-larga e quadriplay nas residências e empresas do perímetro.
Outra vantagem seria a redução de cabos óticos passando nos postes, reduzindo a
poluição visual e o risco de quedas de acesso causadas por acidentes envolvendo
os cabos, tais como a queda de galhos, chuvas fortes e ventanias.
Apresentando
maneiras eficientes de utilização de fibra óptica, como conexão de internet,
dados de localização e coordenadas do GPS em tempo real, a companhia do metrô
poderá fornecer o melhor serviço de informações aos cidadãos conectados,
gerando um ganho de tempo real aos usuários na questão da mobilidade. É importante
pensar também, que a obra terá a capacidade de dinamizar atividades logísticas
dentro do município em setores variados, tendo reflexo imediato sobre a emissão
de gases poluentes e até sobre a economia. Em suma, quando se chegar a uma
andamento definitivo, todos se beneficiarão com o metrô, sejam ou não usuários
de transporte público.
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