A política de crédito no
país tem a figura fundamental do BNDES, que atualmente vem sendo alvo de
críticas em função do subsídio de recursos que não repercutem na economia. Daí
surge à pergunta: financiamentos para quem?
Não é novidade que a política
brasileira beneficia a minoria deste país, sejam nas decisões relacionadas à
política tributária com ajustes fiscais e, neste aspecto, leia-se arroxo fiscal
que não alcança a parcela rica da população, ou nas políticas de crédito que
não chegam às pequenas e médias empresas.
Logo, o BNDES que tem o
papel de fomentar a atividade econômica no país através de linhas de crédito, atua
ao menos de forma intrigante, pois empréstimos de valores exorbitantes foram
concedidos para grupos de empresas, tais como a do empresário Eike Batista, cujas
ações se trocadas por um pacote de balas, seria ao menos, um mau negócio.
Neste contexto a reflexão
se torna muito mais forte, principalmente, porque grandes empresas envolvidas
no escândalo conhecido com lava jato também tiveram financiamentos do BNDES, o
que novamente nos remete ao ponto inicial desta reflexão: quem recebe as
benesses de linhas com carência, taxas atrativas e prazo de pagamento a perder
de vista? São as pequenas e medias empresas? Ou, os grandes grupos econômicos
que financiam campanhas eleitorais e contratam “consultorias” de figuras políticas?
Notadamente que a resposta
a este tema traz a necessidade de reestruturação administrativa e novas
políticas de crédito, que restrinjam a forma deliberada de concessão para as
grandes cias e, ao mesmo tempo, melhorem o acesso aos recursos para as pequenas
e médias empresas, que encontram muitas dificuldades burocráticas quando
necessitam de financiamento da instituição.
Neste sentido, o primeiro
passo já foi dado, pois as investigações já iniciaram e o clamor pela
moralidade e transparência nas operações há de se instaurar no futuro próximo,
contudo antes do belo dia de sol sempre há uma forte tempestade e, neste
contexto, ainda nem começou a chover.
Por Kesley Rodrigo Machado – Gerente Financeiro da Fibracem
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