quinta-feira, 18 de junho de 2015

BNDES E O SEU PAPEL NA POLÍTICA DE CRÉDITO

A política de crédito no país tem a figura fundamental do BNDES, que atualmente vem sendo alvo de críticas em função do subsídio de recursos que não repercutem na economia. Daí surge à pergunta: financiamentos para quem?




Não é novidade que a política brasileira beneficia a minoria deste país, sejam nas decisões relacionadas à política tributária com ajustes fiscais e, neste aspecto, leia-se arroxo fiscal que não alcança a parcela rica da população, ou nas políticas de crédito que não chegam às pequenas e médias empresas.

Logo, o BNDES que tem o papel de fomentar a atividade econômica no país através de linhas de crédito, atua ao menos de forma intrigante, pois empréstimos de valores exorbitantes foram concedidos para grupos de empresas, tais como a do empresário Eike Batista, cujas ações se trocadas por um pacote de balas, seria ao menos, um mau negócio.

Neste contexto a reflexão se torna muito mais forte, principalmente, porque grandes empresas envolvidas no escândalo conhecido com lava jato também tiveram financiamentos do BNDES, o que novamente nos remete ao ponto inicial desta reflexão: quem recebe as benesses de linhas com carência, taxas atrativas e prazo de pagamento a perder de vista? São as pequenas e medias empresas? Ou, os grandes grupos econômicos que financiam campanhas eleitorais e contratam “consultorias” de figuras políticas?

Notadamente que a resposta a este tema traz a necessidade de reestruturação administrativa e novas políticas de crédito, que restrinjam a forma deliberada de concessão para as grandes cias e, ao mesmo tempo, melhorem o acesso aos recursos para as pequenas e médias empresas, que encontram muitas dificuldades burocráticas quando necessitam de financiamento da instituição.

Neste sentido, o primeiro passo já foi dado, pois as investigações já iniciaram e o clamor pela moralidade e transparência nas operações há de se instaurar no futuro próximo, contudo antes do belo dia de sol sempre há uma forte tempestade e, neste contexto, ainda nem começou a chover.


Por Kesley Rodrigo Machado – Gerente Financeiro da Fibracem

Nenhum comentário:

Postar um comentário