Desde que Mariana (MG) foi devastada por uma enxurrada de lama
provocada pelo rompimento de duas barragens, há uma semana, a região tem
sofrido com a instabilidade dos serviços de telecomunicação. Relatos apontam
dificuldades na realização de chamadas. As ligações nem sempre são completadas
com sucesso e, quando concluídas, demandam insistência dos usuários.
Por ser a única rede móvel em operação, a Claro liberou chips para
telefones celulares para uso das equipes de resgate e monitoramento, inclusive
para os sistemas de alarme via SMS. Foi criada uma interface direta para
resposta imediata aos pedidos técnicos das equipes que trabalham no local e
precisam estar em permanente contato.
A Embratel afirma estar "trabalhando para que a rede de
telecomunicações da localidade continue funcionando de forma autônoma,
oferecendo serviços fundamentais para ajudar a comunidade local, as empresas da
região, as autoridades e órgãos que trabalham nas atividades de socorro,
resgate e recuperação da área."
A Oi afirmou que, apesar de o serviço de telefonia móvel estar
funcionando normalmente na região, o serviço de telefonia fixa foi interrompido
mediante a tragédia. "Será restabelecido o mais breve possível, assim que
as condições no local permitirem", afirmou a operadora por meio de uma
nota.
Já a Telefônica Vivo confirmou a existência de falha técnica em uma
das antenas que atende o distrito de Bento Rodrigues, que poderia impactar
alguns clientes com conexão na rede 2G, mas não chegou a afetar a antena de
tecnologia 3G, que apera normalmente, tanto para serviços de voz como dados.
Muito além da destruição do distrito de Bento Rodrigues
A perda de vidas e a devastação das regiões atingidas diretamente
pela enxurrada de lama é irreparável, mas ainda há consequências gravíssimas
que precisam ser minimizadas. O entendimento é que o mais urgente é evitar a
chegada dos rejeitos da mineradora ao oceano, o que seria uma tragédia tão
grande quanto o que ocorreu até agora.
No entanto ainda há várias agências que estão contabilizando os
prejuízos: a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) analisa o impacto nas
usinas hidrelétricas atingidas; o Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (Dnit) calcula os danos em rodovias; a Fundação Nacional do Índio
(Funai), os prejuízos a comunidades indígenas dependentes do Rio Doce; o
Instituto de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), os danos a parques
federais; e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan),
as consequências para o patrimônio cultural na área atingida.
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