Além da curvatura
(tema do último post), a absorção e o espalhamento da luz ao longo da fibra
ótica podem causar atenuação. A explicação
desses fenômenos chega ao nível atômico dos elementos, uma prova de que as
fibras óticas estão acessíveis a todos, mas sua elaboração envolveu e ainda
exige muita pesquisa nas áreas de química e física.
Absorção Intrínseca – sílica absorve a luz.
A sílica é o
material mais comum utilizado na fabricação de fibras ópticas e, assim como
todo material existente, não é totalmente transparente, fazendo com que ocorra
uma absorção parcial da luz quando atravessa algum meio. Logo, ocorre uma perda
de potência na luz transmitida.
Absorção Extrínseca – evitar o pico de água e outras impurezas.
Como nenhum processo
fabril é 100% puro, podem ocorrer absorções de impurezas durante a obtenção da
fibra óptica. Esta absorção de impureza é chamada de absorção extrínseca.
Uma absorção extrínseca
muito conhecida é da água dissolvida no vidro, chamada de atenuação por pico de
água, que acabou definindo as janelas de transmissão nas fibras (850nm, 1310nm
e 1550nm), sendo estes os intervalos de frequência onde não ocorre atenuação
nas fibras por pico de água.
A perda por absorção
total é dada pelo somatório das absorções intrínsecas e extrínsecas.
Espalhamento - a luz escapa do núcleo e vai para casca.
Perda por espalhamento
é a dispersão de parte da luz guiada pelos vários modos de propagação em várias
direções no interior da fibra. A figura abaixo representa este fenômeno, sendo
que as linhas: azul, laranja, rosa e roxo representam os vários modos e
direções de propagação da luz no interior das fibras.
Os espalhamentos mais conhecidos são:
Rayleigh: Causado por variações na densidade do material da fibra,
provenientes do processo de fabricação. Outros espalhamentos são causados por
imperfeições na estrutura cilíndrica da fibra.
Esse é o espalhamento da luz na casca da fibra (parte verde
indicada na figura acima).
Raman: Ocorre quando a potência do sinal luminoso irradiado na fibra
óptica excita os seus elementos constituintes, fazendo com que comecem a
vibrar, alterando o modo de propagação da luz.
Mesmo motivo de o céu ser azul – pois a luz do sol excita as
moléculas de nitrogênio da atmosfera, o que emite a cor azul.
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