As redes de fibra óptica são elementos de
infraestrutura. Esse tipo de investimento é sempre importante e gera bons
resultados a médio e longo prazo, além da movimentação de recursos durante sua
instalação.
O uso da banda larga para as comunicações e
entretenimento, por exemplo, não é mais uma tendência, é realidade. No Brasil,
a TV paga convencional já prevê crescimento zero em 2015 e um dos fatores é a
concorrência com os serviços de streaming, que estão atrelados diretamente com
a velocidade da banda larga.
Apesar de os assinantes de TV por assinatura
convencional e usuários de chamadas de voz terem diminuído, os pacotes de dados
têm cada vez mais demanda. As chamadas de voz deixarão de ser a principal fonte
de lucro das operadoras ainda em 2015. Segundo estudo da consultoria Teleco, o
tempo médio que o brasileiro passa falando ao celular, via operadora, diminuiu
15% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior. Segundo
o diretor de Produtos de Mobilidade da Oi, Roberto Guenzgurger, a receita de
internet móvel sustenta o crescimento do segmento de mobilidade em praticamente
todo o setor de telecomunicações atualmente, em que se percebe uma importância
cada vez maior do consumo de dados e SVAs (serviços de valor agregado),
enquanto as receitas de voz local, longa distância e SMS se mantêm estáveis ou
em queda.
É importante ressaltar que essa demanda por
dados móveis não é bem atendida. O Brasil está atrasado em relação a países da
América Latina no que tange ao 3G e 4G. Um país com a importância econômica que
o Brasil tem não poderia ser tão defasado tecnologicamente e esse atraso se
inicia na falta de infraestrutura.
Gráfico via: Teleco
Sabemos que a internet de boa qualidade é
essencial ao desenvolvimento de grandes empresas e pode ser também muito útil
para as pequenas e médias. Atualmente existem opções de sistemas empresariais
baseados na nuvem, o que barateia o produto e permite que mais empresários
tenham acesso e administrem seus negócios com mais eficiência.
Muitos empreendedores individuais podem
divulgar seus produtos e comercializa-los online, não sendo necessário o
desembolso de verbas (muitas vezes insuficientes) para visitas à possíveis
clientes, amostras, loja física, etc.
Um ponto mais ligado ao desenvolvimento humano:
muitos brasileiros sabem utilizar apenas redes sociais e visualizar páginas na
internet. São poucos que dominam softwares de produtividade como o Microsoft
Office, por exemplo, que é base para o trabalho em setores administrativos. Até
mesmo o uso de e-mails com anexos se torna algo complicado para muitas pessoas.
Essa desqualificação da mão de obra afeta a competitividade do país – somos
lentos e desinformados se nos compararmos a outras economias do nosso porte.
Fontes:
Gazeta do Povo
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