A primeira impressão
quando pensamos em dólar alto é que os importados ficam mais caros e o produtor
interno sai ganhando. Mas não é bem assim, a inflação consome muito dessa
margem e muitos dos insumos da indústria, em especial da área de
telecomunicações, são importados. O preço de venda acaba sumindo e afeta o
consumidor final. E todos somos consumidores finais, não?
Desde o industrial, o
comerciante, o aposentado, o estudante, somos todos consumidores na economia
brasileira e estamos encurralados. A comida vai ficar mais cara, se não for por
ser importada, por questão de oferta e demanda – o produtor prefere exportar do
que atender ao mercado interno. Logo todos os brasileiros serão afetados e não
só os ricos, como muitas pessoas acabam comentando quando o assunto é a alta do
dólar. A indústria pode ficar ainda mais fraca, pois as máquinas, equipamentos
e softwares para aumento da produtividade são importados, pois, durante anos o
Brasil focou em consumo e não em infraestrutura e qualificação. Atualmente
somos altamente dependentes de fontes externas quando se trata de alta
tecnologia.
O que resta ao brasileiro,
industrial ou não, é continuar a trabalhar como sempre e buscar formas
criativas de chegar ao equilíbrio financeiro ao fim do mês. Claro, sempre
atento às notícias para guiar seus passos futuros, buscar qualificação
profissional e cobrar ações das
autoridades competentes.
A Fibracem sempre fez
investimentos em infraestrutura e maquinário, por isso está conseguindo
adaptar-se ao novo cenário. Nunca deixamos de produzir para importar todas as
linhas de produtos da China como muitos fizeram, e essa foi uma boa estratégia.
Hoje estamos aptos a continuar produzindo, manter nossa equipe de funcionários
e até novas contratações, expandir o mercado e oferecer produtos com preços
realistas aos clientes.
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