* Pamella Cristine de Almeida
Diante de um cenário
político incerto, uma economia instável, taxas de juros altíssimas, nos
deparamos com a falta de perspectiva nos negócios. Com essa realidade, menos
empresas investem no Brasil. Afinal, um investimento visa retorno/lucro e o
risco país é cada vez mais iminente.
Além disso, muitos são
os impostos que incidem sobre os produtos. O ICMS, PIS e COFINS por exemplo,
calculados sobre o faturamento da empresa acabam por encarecer ainda mais os
preços de mercado e diminuir a competitividade.
Alguns benefícios são
criados com a intenção de incentivar os empresários, como é o caso da Lei da
Informática para o setor de tecnologia. Empresas que invistam na pesquisa e
desenvolvimento de um produto (ou item do produto), que tenha a sua NCM
(classificação fiscal) relacionada na lista beneficiada pela lei, que direcione
para esse processo o valor exigido pelo estado em que atua, e ainda se enquadre
no PPB (Processo Produtivo Bruto) que determina o nível de nacionalização
necessário de cada produto, pode ter a redução no IPI dos produtos
incentivados.
Mas esses benefícios
ainda não são soluções para os altos preços dos eletrônicos no Brasil.
Outros fatores estão
envolvidos, e a infraestrutura é um deles. Nossa forma precária de transporte
rodoviário também encarece os preços finais. Outro fator, é que estamos
condicionados culturalmente a pagar caro pelo status que esses produtos
oferecem. Dessa forma, fica a brecha para os empresários irem muito além dos
seus custos reais na hora de repassar o preço para o mercado.É preciso nos
reeducarmos, frear o consumo compulsivo, boicotar os preços altos, e assim as empresas
responderão a demanda oferecendo preços mais justos ao consumidor.
E os altos impostos só
poderão ser atenuados com governantes mais preocupados com as necessidades do
seu povo, do que com os seus próprios bolsos. Com o dinheiro público sendo direcionado
para os fins que lhe cabem. Assim, poderíamos alimentar a esperança de um
Brasil promissor.
Veja mais exemplos de como os impostos elevam preços e afetam o acesso dos brasileiros à tecnologia:
*Pamella
Cristine da Silva Wolff de Almeida: formada em Comércio Exterior pelo Centro
universitário UNINTER, atua no setor há 14 anos. Atualmente é responsável pelo
setor de comércio exterior da Fibracem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário