Lançado no mês passado, em Manaus (AM), o programa Amazônia Conectada tem como objetivo levar serviços de internet de alta velocidade, telemedicina, telesaúde, ensino a distância, entre outros, para populações ribeirinha e indígena, escolas, organizações militares e órgãos públicos na região. A construção da rede de cabos subfluviais ópticos, utilizando-se dos leitos dos principais rios da bacia amazônicas, será coordenada pelo Ministério da Defesa.
O orçamento inicial do projeto era de R$ 1 bilhão, porém o custo total da construção da infraestrutura deve cair pela metade com o apoio das forças armadas, que decidiu trocar o fornecedor da fibra óptica, uma multinacional instalada no Espírito Santo, e abriu concorrência internacional via Estados Unidos. A previsão é que a estrutura esteja concluída dentro de três anos com a instalação de cerca de 7,8 mil quilômetros de cabos de fibra óptica nos leitos dos rios Negro, Solimões, Madeira, Juruá e Purus, interligando 52 municípios e atendendo 3,8 milhões de pessoas da região.
O Amazônia Conectada trará benefícios para a população da região e contribuirá para melhorias nas comunicações militares para proteção das fronteiras nacionais. De acordo com o ministro da Defesa, Jaques Wagner, o programa vai dar mais capacidade de monitorar a região, garantindo um tráfego de informações seguro e veloz. Os primeiros 10Km de estrutura já foram inaugurados, ligando, por meio do leito do Rio Negro, em Manaus, o 4º Centro de Telemática de Área (4º CTA) até a 4ª Divisão de Levantamento Geográfico (4ª DL).
Infográfico: Convergência Digital
Infovia
O Amazônia Conectada, que compreende cinco infovias (mapa acima), receberá recursos do Ministério da Defesa e de outros órgãos federais, além de captar recursos de P&D da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e de outras fontes de investimentos. O programa integra as ações do Governo Federal, na região, por meio do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), do Ministério das Comunicações, além de apoiar as políticas públicas de inclusão digital, de incentivo as atividades de pesquisa e educação e sensoriamento e monitoramento ambiental, e a segurança de dados nacionais.
O programa conta com parceiros como a Rede Nacional de Pesquisa (RNP), ligada ao MCTI, o Exército Brasileiro, a Telebras, subordinada ao Ministério das Comunicações, a empresa de Processamento de Dados do Amazonas (PRODAM S/A), o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), a Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás), a Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A (Eletronorte), além da empresa Padtec, desenvolvedora das fibras ópticas especiais para bacias hidrográficas.Atualmente, a solução de internet na região é com acesso via satélite, que possui um alto custo e conexão instável. A tecnologia de fibra óptica permitirá conexões de até 100 gigabit por segundo.
*Com agências
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