Quando
se trata de fidelidade aos planos de operadoras de telefonia celular,
os consumidores latino-americano se comportam como “mercenários”,
capazes de mudar de empresa tão logo recebam ofertas de planos e
pacotes mais vantajosos por parte da concorrência.
É
o que demonstra estudo da consultoria GfK, realizado com 4,9 mil
usuários de telefones celulares da Argentina, Brasil, Chile,
Colômbia, México e Peru. O levantamento abordou o comportamento do
consumidor em termos de lealdade às suas atuais operadoras. Ao
investigar a predisposição à troca de prestadora de serviço, a
GfK identificou alguns perfis com características distintas.
A
pesquisa conclui que, embora apenas 20% dos entrevistados tenha
trocado de operadora nos últimos 12 meses, os níveis de fidelidade
são bastante baixos no segmento. No Brasil, os “mercenários”
representam 52% dos usuários de telefonia celular. Esse grupo também
é maioria no Peru (59%), na Colômbia, (53%) e no México (50%). As
menores proporções de usuários com este perfil foram verificadas
no Chile (37%) e na Argentina (35%).
Os
classificados como usuários “fiéis”, que somaram 5% dos
brasileiros, são os consumidores que não se mostraram dispostos a
mudar de operadora, mesmo quando colocados diante de ofertas das
concorrentes simuladas pela GfK.
Dentre
as ofertas consideradas mais atraentes pelos consumidores estão a
que agrega preço melhor e aparelho gratuito ao plano atual, e a que
combina plano mais completo pelo mesmo preço pago atualmente, também
com aparelho gratuito incluído. Só
o Brasil se destacou na preferência do pacote que oferece o seu
plano atual com um preço menor somado à oferta de aparelhos com a
mais recente tecnologia a preços bem mais baixos que os de mercado.
Frans
Janssen, diretor de operações de pesquisa da GfK Consumer Choices
na América Latina, comenta: “Os resultados mostram que há
potencial para altos níveis de rotatividade, desde que as ofertas
sejam adequadas. Para manter os usuários atuais e conquistar os que
estão na concorrência, as operadoras precisam oferecer pacotes que
maximizem o lucro para o usuário. É também interessante notar que
a portabilidade numérica recentemente introduzida na América Latina
também é um fator a ser explorado pelas operadoras”, analisa. A
GfK entrevistou pessoas com idades entre 14 e 65 anos, pela internet,
em julho.
Fonte:
tele.síntese
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