terça-feira, 9 de junho de 2015

Governo cria fundo para investimentos em fibra óptica no interior do país

O Ministério das Comunicações, em parceria com o BNDES, criou um fundo para que pequenos provedores possam financiar a construção e expansão de redes de fibra óptica no interior do Brasil. O fundo será instituído através de um projeto de lei (PL) e está prestes a ser encaminhado para aprovação no Congresso.

Segundo Artur Coimbra, diretor de Banda Larga do MiniCom, o fundo deve receber do governo um aporte inicial de apenas R$ 30 milhões, embora o projeto de lei deva prever a possibilidade de até R$ 300 milhões em investimentos. Assim, o governo poderá ampliar o projeto sem a necessidade de uma nova lei, agilizando todo o processo. "Estamos fechando os detalhes operacionais para o lançamento no último trimestre do ano, mas a presidente já está conversando com o ministro Berzoini para anunciar, já nos próximos meses, que é quando o projeto será encaminhado ao Congresso", explica Coimbra, durante sua participação no 7º Encontro Nacional de Provedores de Internet e Telecomunicações da Abrint, em São Paulo, nesta terça-feira (2).
Caso o projeto de lei seja aprovado no Congresso, o fundo deve receber o aporte inicial e ter um administrador selecionado, provavelmente o Banco do Brasil. O fundo criado irá garantir até 80% do valor dos projetos. Esse será o teto de risco que o BNDES assumirá com o novo fundo, que oferecerá um limite máximo de R$ 3 milhões por provedor.
O fundo poderá ser utilizado como meio de garantia em programas como o Finame para financiamento de compra de equipamentos, BNDES Automático para serviços e obras civis e qualquer outro programa de desenvolvimento regional. O diretor do Minicom acredita que "a maior parte dos provedores deve utilizar o fundo em conjunto com o Finame, e como os equipamentos são metade dos investimentos do projeto, o fundo garantiria a compra de até R$ 3 milhões em equipamentos em projetos de até R$ 6 milhões".
Após concluído um projeto e quitado o financiamento inicial, os provedores poderão novamente beneficiar-se do fundo. De acordo com Erich Rodrigues, presidente da Associação de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), o custo total de um projeto para implementação de fibra ótica em um município com menos de 100 mil habitantes gira em torno de R$ 4 milhões.
A intenção é conseguir atender provedores de micro e pequeno porte que deverão levar fibra óptica para mais de 1,2 mil municípios brasileiros com menos de 100 mil habitantes, no escopo do Plano Banda Larga para Todos. Os 1.284 municípios que foram tomados como referência para a criação do fundo partiram de uma pesquisa de viabilidade econômica entregue pela Abrint ao Minicom em 2013.

Fonte: Canaltech


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