terça-feira, 22 de outubro de 2013

Pesquisa mostra que 89% dos vídeos assistidos em 3G travam

Um estudo realizado pela Skyfire, empresa de otimização em nuvem de vídeos móveis e subsidiária integral da Opera Software, concluiu que mais da metade (52%) de todos os vídeos assistidos através das redes 3G no Brasil sofrem de problemas como travamento e recarregamento (buffering), frustrando usuários, muitos dos quais desistem de assistir ao material.


Os resultados também revelam que 89% de todos os vídeos transmitidos por várias redes 3G pararam durante a reprodução para recarregar o conteúdo. Este dado indica que as redes das operadoras brasileiras ainda não estão preparadas para a demanda projetada para eventos como a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas de 2016, que serão sediadas no país.





Os dados da Skyfire também mostram que, em redes 3G do Brasil, mais de 40% de todos os vídeos foram transmitidos a uma taxa abaixo de 300 Kbps, uma velocidade considerada pela companhia como baixa para a reprodução de vídeos em dispositivos móveis. Nesse tipo de equipamento, um vídeo em alta definição requer cinco ou dez vezes mais largura de banda, e vídeos muito populares de aplicativos como Vine e Instagram utilizam uma taxa de bits muito maior (900-1300 Kbps), e, por esse motivo, a reprodução frequentemente demora muito para começar.



O desempenho das redes 2G do Brasil foi ainda pior. Mais de 70% de todos os vídeos reproduzidos via redes 2G sofreram muitas paradas (quando o tempo necessário para carregar o vídeo representa 10% ou mais do tempo total de reprodução) e mais de 94% dos vídeos pararam durante a reprodução para recarregar o conteúdo.

Os dados são preocupantes à medida que o tráfego de dados móveis no Brasil deve atingir o imenso volume de 251.518 terabytes de dados por mês até 2017, com vídeos móveis representando 72% desse consumo. Em comparação, até 2017 os vídeos móveis devem representar 66% de todo o tráfego de dados móveis no resto do mundo, conforme o Índice de Rede Visual, produzido pela Cisco.


"A Copa do Mundo FIFA 2014 será realizada no Brasil e deve impulsionar ainda mais a demanda por vídeo em dispositivos móveis. Por esse motivo, as operadoras brasileiras não têm muito tempo para ampliar a capacidade das suas redes e estão sob pressão para encontrar soluções mais eficientes", diz Jeff Glueck, vice-presidente executivo de Soluções para Operadoras da Opera Software. (Da redação, com assessoria de imprensa)



2 comentários:

  1. Alguém sabe dizer o por que e qual seria a solução para um bom funcionamento?

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    1. O Brasil tem um histórico ruim quando se fala de internet, aliás, em quase tudo né?! Acho que a solução é começar a antecipar problemas, o Brasil só resolve, se resolve, depois de alguns anos que o problema surge.
      Nesses casos, quem desiste de assistir um vídeo utilizando o celular fica frustrado, principalmente se pensarmos na quantidade de turista que vai ter aqui na Copa, quero ver se todos vão ficar esperando para utilizar o Wi-fi do Hotel.

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