terça-feira, 22 de setembro de 2015

Descargas Elétricas X Cabos Óticos

O Brasil é líder no ranking entre os países com maior incidência de relâmpagos no mundo, são cerca de 100 milhões a cada ano. Logo, nós brasileiros sabemos por experiência que muitas dessas descargas elétricas causam blackouts de energia e quedas nas transmissões de telefonia e internet.


Isso ocorre porque na transmissão de energia elétrica os condutores são aéreos, fazendo com que as descargas elétricas ocorram em postes e torres de transmissão. Grande parte da rede de telecomunicações também utiliza cabos de cobre em seus anéis, além de cordoalhas metálicas para dar suporte aos cabos entre os postes. A grande maioria dos cabos de transmissão são isolados, então o maior problema de descargas fica com as cordoalhas metálicas. No entanto, é possível reduzir essas ocorrências utilizando cordoalhas dielétrica e cabos óticos para telecomunicações – e no modelo ideal esse cabeamento deveria ser subterrâneo.


A cordoalha e os cabos óticos são dielétricos, isto é, não conduzem eletricidade, logo são imunes a descargas elétricas. Além de mais estabilidade e capacidade de tráfego para as transmissões, ainda há a grande vantagem de propiciar mais segurança para o técnico, reduzindo o risco de tocar em materiais energizados durante a manutenção ou expansão de redes aéreas. Também existe o fator econômico, pois além de possuir menor custo, não é necessário fazer o aterramento da rede, procedimento obrigatório e vital quando são utilizadas cordoalhas metálicas. No estado de Santa Catarina, por exemplo, é obrigatório por lei a utilização de cordoalhas dielétricas, e essa é a tendência para os demais estados.

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