segunda-feira, 27 de julho de 2015

TV por assinatura ou TV por streaming?

Sebastião Rezende*
A disputa entre serviços de TV por streaming está cada vez mais acirrada e o espectador pode ter muito a ganhar com isso.

Segundo o Ministério das Comunicações, atualmente, 29,8% das residências brasileiras já contam com o serviço de TV por assinatura - O Brasil fechou maio de 2015 com 19,72 milhões de acessos de TV por assinatura, de acordo com novo balanço da Anatel. No quinto mês deste ano, o serviço estava presente em 29,8% dos domicílios brasileiros. O número mostra uma pequena redução no total de assinantes do serviço, que em abril deste ano contava com 19,76 milhões de acessos em todo o País.
De acordo com o levantamento da Agência, a maioria das casas brasileiras que contam com o serviço, 60,33% do total, recebe o sinal via satélite (DHT). São 11,89 milhões de acessos. Já a TV a cabo tem 7,68 milhões de assinaturas, o que corresponde a 38,98% do mercado. A fibra óptica leva o serviço a 121,9 mil residências brasileiras, sendo responsável por 0,62% do total de assinantes.
O reflexo da realidade de TV por streaming está sendo percebido pelas operadoras, inclusive é um fator que preocupa os gestores e coloca em risco a permanência das assinaturas de TV a cabo/satélite. Ocorre que o usuário não quer e não precisa ser refém de uma grade específica ou aguardar para assistir um determinado programa/filme, basta assinar uma TV por streaming (diga-se de passagem, a um valor mensal muito inferior ao cobrado pela TV a cabo/satélite) e assistir o que tiver vontade, no momento mais oportuno e com a possibilidade de começar a assistir um filme ou uma série, sair para cumprir algum compromisso e retornar no mesmo ponto que parou (mesmo que seja em dispositivo diferente daquele que iniciou).
Entre as operadoras, o grupo Telmex (Claro, Embratel, Net) lidera o mercado com 10,1 milhões de assinantes (51,7%). Em seguida está a Sky/Direct TV, com 5,69 milhões de clientes (28,9%). Em maio, a Telefônica foi a única empresa a aumentar sua base de assinantes, segundo a Anatel, passando de 798 mil para 807 mil acessos.
Além das vantagens relacionadas, o usuário assiste sempre conteúdos em HD, pode interagir com amigos recomendando séries e filmes, definir conteúdos por perfil, redimensionar tipo e tamanho da legenda, apagar histórico de filmes assistidos entre outros.
Os Combos (telefone, internet e TV a cabo) das operadoras perderam força e já não atraem tantos usuários, principalmente, devido ao valor da mensalidade, do “engessamento” da grade e da falta de interatividade. Apesar de precisar de alguns ajustes, a TV por streaming proporciona maior liberdade e comodidade ao usuário.



*Sebastião Rezende: Formado em Mecânica Industrial pelo CEFET-PR, em Economia pela FAE Business School, 14 anos de experiência no segmento de telecomunicações.
Atualmente é gerente técnico na Fibracem Telecomunicações e ministra treinamentos em fibra óptica e FTTx por todo o Brasil.

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